quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sul do Líbano pegando fogo

Já no começo do mês começou a tensão. Um armazem de armas do Hezbollah foi explodido... ninguem tinha certeza se foi alguma milícia sunita, maronita ou até mesmo Israel.

Depois de mais ou menos 2 semanas de tensões e aperentes contatos por baixo dos panos, o líder Nasrallah foi a mídia e falou "se Israel se atrever a atacar o Líbano, Tel Aviv será o nosso alvo!".

Depois dessa transmissão ficou claro que descobriram que foi Israel (na verdade falam sobre uma bomba de 2005, remanecente da guerra travada no Líbano). E com este comunicado seguiram-se movimentações estranhas na fazenda de Sheeba (território libanes ocupado por israel, e não aceito pela ONU). Alguns destaques de blindados israelenses ocuparam a região, e 4 tanques invadiram até o chamado portão do Líbano.

A partir deste momento o Exército Libanês (detalhe muito importante que muda totalmente a cara deste mal estar) mandou pelotões para o sul do Líbano, a fim de proteger a sua soberania.

A partir de ontem caças israelenses sobrevoaram o Líbano (que é algo corriqueiro, acreditem se quiser) e movimentações continuam sendo feitas.

No final das contas o quadro é o seguinte. Se Israel atacar o Hezbollah, diferente do que argumentaram em 2005, será um ataque a soberania libanesa, rechaçada peo exército libanes, pelos países árabes próximos e até pelos americanos, que estão empenhados com a solução pacífica para a região. E o exército libanes no sul do Líbano muda compeltamente a retórica sionista de que estão lutando contra terroristas...

O Hezbollah dificilmente pode ser considerado sem responsabilidade, e é o partido mais patriota em todo o Líbano (na minha opinião). Acho ridiculo pessoas afirmarem que o Hezbollah quer fazer um estado dentro do Líbano... muito pelo contrário, eles querem ver o Líbano florescer, como realmente tem potencial para isto.

Se o Hezbollah não existisse, o sul do Líbano estaria esquecido até hoje, sem escolas e nem hospitais. A questão é que o Hezbollah é mais organizado que o governo do Líbano, e a sua própria constituição é mais favorável a conciliação.

Vamos ver no que irá dar... eu acompanharei os fatos.

p.s. link para o haaretz sobre a movimentação libanesa http://www.haaretz.com/hasen/spages/1103470.html

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